quarta-feira, 4 de agosto de 2010

(Sem Título)

árvore azul

Antes

Do sopro da boca

Do som da garganta

Do ar do pulmão

Antes

Da idéia

Do sorriso largo

Do preenchimento

De não se sabe o quê

Antes

Antes

Até...

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Poetas hoje

Sócrates Santana

"Curiosamente, hoje, o artigo do dia é poesia. Nos bares da moda, nas portas de teatro, nos lançamentos, livrinhos circulam e se esgotam com rapidez. Alguns são mimeografados, outros, em offset, mostram um trabalho gráfico sabido e diferenciado do que se vê no design industrializado das editoras comerciais. Mesas-redondas e artigos de imprensa discutem o acontecimento. O assunto começa – ainda que com alguma resistência – a ser ventilado nas universidades. Trata-se de um movimento literário ou de mais uma moda? E se for moda, foi a poesia que entrou na moda ou foram os poetas? O fato é que a poesia circula, o número de poetas aumenta dia-a-dia e as segundas edições já não são raras. Frente ao bloqueio sistemático das editoras, um circuito paralelo de produção e distribuição independente vai se formando e conquistando um público jovem que não se confunde com o antigo leitor de poesia. Planejadas ou realizadas em colaboração direta com o autor, as edições apresentam uma face charmosa, afetiva e, portanto, particularmente funcional. Por outro lado, a participação do autor nas diversas etapas da produção e distribuiçãodo livro determina, sem dúvida, um produto gráfico integrado, de imagem pessoalizada, o que sugere e ativa uma situação mais próxima do diálogo do que a oferecida comumente na relação de compra e venda, tal como se realiza no âmbito editorial. A esse propósito, convém lembrar a tão freqüente presença do autor no ato da venda o que de certa forma recupera para a literatura o sentido de relação humana. A presença de uma linguagem informal, à primeira vista fácil, leve e engraçada e que fala da experiênciavivida contribui ainda para encurtar a distância que separa o poeta e o leitor. Este, por sua vez, não se sente mais oprimido pela obrigação de ser um entendido para se aproximar da poesia."

22

Sócrates Santana
Penso que a neurociência vai me ajudar com as composições dos mapas mentais utilizando a pureza das datas. O princípio será 22. Converter os sentimentos em binários, eletricidade e expressar sem análise antropológica nem emoções do romantismo. Uma combinação de dois, numa coisa só.

Se por você

Sócrates Santana

Se o copo d´água não está. Lá vou eu buscar.
Se o pé esfriou. Desvio o ventilador.
Se a fome apertou. Compro um bombom.
Se por você eu faria. Simplesmente diria.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Amanha breve será hoje

Soul Sócrates

O interminável dia de amanhã pra começar deveria terminar hoje
O meu futuro desejável, que guardou numa cápsula do tempo o silêncio de São Paulo

Obs: texto inacabado como o tempo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Sensação



Pelas tardes azuis do Verão, irei pelas sendas,

Guarnecidas pelo trigal,

pisando a erva miúda:

Sonhador, sentirei a frescura em meus pés.

Deixarei o vento banhar minha cabeça nua.

Não falarei mais,

não pensarei mais:

Mas um amor infinito me invadirá a alma.

E irei longe,

bem longe,

como um boêmio,

Pela natureza, -

feliz como com uma mulher."

E eu

Raiça Bomfim

a rua e eu
os passantes e eu
os carros e eu
a tarde e eu
o mar e eu
a brisa e eu
o mundo e eu
só penso em
você

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

As palavras não dizem mais do que sinto

Soul Sócrates

As palavras não dizem mais do que sinto

Nem resvalam por centímetros nas minhas sensações

Não estão por perto quando gozo

Nem escutam os seus gemidos

As palavras falam mal do infinito

Por alguns instantes até perdem o sentido

Elas não dizem mais do que sinto

As vezes se esquecem do passado

E não carregam na memória os beijos, os abraços, os sorrisos

As palavras são vazias

E não dizem mais do que sinto

São simplesmente escritas, perdidas entre um pensamento e uma ilusão

Mas, o que as palavras não dizem neste dia

EU digo sem usá-las

Apenas lhe sentindo