Ismael teixeira
flor morta
flor morta
porque ainda vives?
se na calçada
atrás da porta
até no último encanto viste!
lírios a derramar meu pranto
branco numa noite triste
volto para casa num acalanto
como um anjo que no fino ardor se abriste
peço que não chore minha amada
no último verso do que restou da guerra
deixo que a vida é juntar desgraça
e saudade para quem foi poeta
terça-feira, 15 de abril de 2008
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2 comentários:
ritmo, metrica, metáfora. Lindíssimo.
Último verso, compasso 6/8 no prelúdio valsa triste e mi menor gira sol maior nessa suíte.
Eu, pausa num maritmo de mata-fora.
Tu, harmômico em clave de dó seguiste. Andante... Bravo!
Obs: o Último verso ñ tem ponto final e nem de seguimento, penso que ele deveras é Primeiro.
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