quarta-feira, 23 de junho de 2010

22

Sócrates Santana
Penso que a neurociência vai me ajudar com as composições dos mapas mentais utilizando a pureza das datas. O princípio será 22. Converter os sentimentos em binários, eletricidade e expressar sem análise antropológica nem emoções do romantismo. Uma combinação de dois, numa coisa só.

Se por você

Sócrates Santana

Se o copo d´água não está. Lá vou eu buscar.
Se o pé esfriou. Desvio o ventilador.
Se a fome apertou. Compro um bombom.
Se por você eu faria. Simplesmente diria.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Amanha breve será hoje

Soul Sócrates

O interminável dia de amanhã pra começar deveria terminar hoje
O meu futuro desejável, que guardou numa cápsula do tempo o silêncio de São Paulo

Obs: texto inacabado como o tempo.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Sensação



Pelas tardes azuis do Verão, irei pelas sendas,

Guarnecidas pelo trigal,

pisando a erva miúda:

Sonhador, sentirei a frescura em meus pés.

Deixarei o vento banhar minha cabeça nua.

Não falarei mais,

não pensarei mais:

Mas um amor infinito me invadirá a alma.

E irei longe,

bem longe,

como um boêmio,

Pela natureza, -

feliz como com uma mulher."

E eu

Raiça Bomfim

a rua e eu
os passantes e eu
os carros e eu
a tarde e eu
o mar e eu
a brisa e eu
o mundo e eu
só penso em
você

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

As palavras não dizem mais do que sinto

Soul Sócrates

As palavras não dizem mais do que sinto

Nem resvalam por centímetros nas minhas sensações

Não estão por perto quando gozo

Nem escutam os seus gemidos

As palavras falam mal do infinito

Por alguns instantes até perdem o sentido

Elas não dizem mais do que sinto

As vezes se esquecem do passado

E não carregam na memória os beijos, os abraços, os sorrisos

As palavras são vazias

E não dizem mais do que sinto

São simplesmente escritas, perdidas entre um pensamento e uma ilusão

Mas, o que as palavras não dizem neste dia

EU digo sem usá-las

Apenas lhe sentindo

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Até um dia

Soul Sócrates

Nas ruas vazias da cidade vejo sombras
Também vejo cores, humores, sabores diferentes
Interessantes
Mudanças repentinas retidas em imagens escondidas nos becos, guetos, favelas
Vejo sombras e almas penadas, pesadas, cansadas de viver no meio de tudo isto
No meio de tudo isto
E o que não vejo
Desejo
Quem sabe um beijo perdido numa esquina de uma menina
Talvez apenas ela
Sem meias palavras
Sem perguntas
Sem ninguém para atrapalhar a nossa viajem
As nossas bobagens sussurradas no ouvido
Empurradas de um abismo, de um precipício
Longe do hospício das ruas vazias
Dos bares
Das casas
Distante das mentiras e das verdades prontas
Mas abraçado ao papo furado do mendigo ali da frente
Dali até cem anos atrás
Até um dia
Quem sabe

Até logo

Soul Sócrates

Você andava com a pressa
E ao lado dela
não percebia
que a pressa
ninguém consegue acompanhar
perde-se no meio do caminho
entre um beijo e
um até logo