Ismael Teixeira
Interessante como caminha o mar dentro de nós. Suas correntezas; ora de dentro para fora, ora de fora para dentro. Em vazão constante derrama dos poros sal e água, e secamos. A vida seca terra, sol, a vida seca lentamente os homens, que no auge da sua idade-beleza são os verdadeiros jardineiros - sabem para onde vão as águas e vão junto com elas. O mar é a igreja de quem caminha só. Igreja de todos os deuses. O mar me fez poeta ainda moço quando percebi encarar o infinito não como desafio. Foi assim que na mais doce das idades caminhei nas águas como fazem os mestres dos mestres. E assim segui horizonte. Sem olhar para trás.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
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2 comentários:
O mar é minha maior e mais eficaz "igreja" e o seu texto lhe dá uma doçura impactante, atrativa porque contraditória, ao meio de tanto sal, você se-nos convida ao sabor da sua doçura. Bravo e lindo!!!
Saulo de Tarso era um fariseu. Talvez, tenha sido um dos maiores perseguidores dos cristãos, logo após a morte e a respectiva ressurreição de Cristo. Só que quando ia para a cidade de Damasco, suas vistas foram-lhe tomadas. Ficou cego. Numa visão, vislumbrou que um homem chamado Ananias lhe traria de volta a visão, em nome de Jesus. O homem chamado Ananias temia Saulo, porque sabia que ele era um perseguidor de Cristãos. Mas, após ter ouvido um conselho vindo do próprio Cristo, Ananias foi até onde Saulo estava, lhe devolvendo a visão. Saulo foi batizado e passou a se chamar Paulo (o pequeno). Este escreveu sob os mares revoltos as principais palavras que iriam compor mais tarde as novas escritoras do evangelho. Numa delas dizia que a verdade está escrita nos corações dos homens, e que mesmo se falasse a língua dos anjos, se não houvesse amor, ele nada seria. E saia de um canto a outro anunciando o messias, e isso, muitas vezes, era feito em cruzadas pelo mar mediterrâneo. No mar ele navegou e contou como Jesus, apenas com a fé caminhou sobre as ondas.
Ao poeta, não cabe simplesmente olhar a forma e a construção narrativa de um texto. Ao poeta cabe, principalmente, expressar os sentimentos do mundo.
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