segunda-feira, 7 de abril de 2008

O que fica

Soul Sócrates

A inconfidência das palavras. Não falam. Não gemem. Tateam sobre o sentimento.
Não dizem. Se quer calam.
Porém, corroem o tempo. As únicas que o contém em si.
Por elas ele não passa. Fica.
Como quem inicia uma despedida, mas desiste. Venha. Vamos. Fique.
E ele obedece, não resiste.
Os lençois. Os travesseiros.
Todos lhe querem. Todos lhe cobrem.
E ela - abusada palavra - recolhe as flores, as frases.
Todas por ela - que não tem voz e nem lugar.
Se perdem. Invisíveis, coitadas.
Admiradas e usadas por poetas.
Pobres meretrizes.
Possuem as horas, esticam o tempo.
Mas delas sobram apenas os suspiros de quem não disse, escreveu.

3 comentários:

Anônimo disse...

Já li muitos textos seus. Contos, matérias, algumas poesias e porque não dizer, e-mails escritos, quando precisava de uma palavra amiga. Não sei se é porque estou muito sentimental no momento, mas de todas as palavras lidas e escritas por você, estas foram as mais sentimentais e profundas. Adorei. Se tivesse que escrever algo no momento... reescreviria suas palavras.
beijos!!!

Anônimo disse...

Já li muitos textos seus. Contos, matérias, algumas poesias e porque não dizer, e-mails escritos, quando precisava de uma palavra amiga. Não sei se é porque estou muito sentimental no momento, mas de todas as palavras lidas e escritas por você, estas foram as mais sentimentais e profundas. Adorei. Se tivesse que escrever algo no momento... reescreviria suas palavras.
beijos!!!
Priscila Oliveira

Anônimo disse...

O que dizer sobre as suas palavras Pri?