segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sem título

Árvore azul

Uma pedra
Somente uma pedra
Fiz dela todo meu caminho
Não se enganem amigos
Não há mais tanto o que encontrar
Bem-vindos ao deserto
O horizonte ficou tão longe
Chegamos ao destino
Enfim eu sei
Enfim sabemos
Dormimos.

3 comentários:

Anônimo disse...

Uma interessante alusão ao poema de Drummond. Uma reflexão sobre a hiper-modernidade ou fim da história. Uma dúvida sobre o caminho de todos e a pedra neste caminho. Segundo Drummund uma pedra no meio do caminho. Resta a dúvida: o que vem depois do meio do caminho? Ou quem sabe, numa poesia ainda não publicada por mim a dúvida sobre este caminho: O meio do caminho é a metade dele? Estamos na metade do caminho? Estávamos na metade dele? Superamos ele? Resta a pedra. A única medida plausível e real. Portanto, cabe aos tolos dormir. O que sabemos é sobre a pedra, pois sobre o caminho simplesmente sabemos o que se passa.

Anônimo disse...

Árvore Azul!
Diferente de Sócrates, fiz alusão ao texto de Camus em: O mito de Sísifo: É preciso imaginar Sísifo feliz. Uma reflexão sobre um minuto de consciência. Coisa que sempre você me traz. Sísifo carrega uma pedra e toda vez que ela chega ao topo, ela cai e ele tem que voltar e subir tudo de novo com ela. Ñ será essa a esperança de todos nós?. Quando ele desce a montanha, é a hora que ele torna-se consciente do seu destino. Aí está sua beleza, torna-se superior a pedra! Camus diz que a expressão dele nesse momento é maravilhosa: talvez de calmaria ou até alegria, mas de alguém que assume o seu destino. Portanto, aproveite cada grão de pedra , pois todos emigram e todos em mim grão.
Coração Azul.

Anônimo disse...

é... talvez não tenhamos nem acordados ainda e queremos já sair andando não é mesmo? Mas os caminhantes deixaram suas pedras para trás amontoadas formando grandes montanhas que emperram os caminhos. Como disse o sócrates podemos saber somente das pedras e muito pouco ainda sobre os caminhos.

Árvore azul.